quinta-feira, 29 de outubro de 2009

DELEGAÇÃO AMERICANA EM HONDURAS

Uma delegação americana, chefiada por Thomas Shannon (subsecretario dos EUA para o Hemisfério Ocidental) chegou em Honduras neste dia 28 de outubro, com a missão de resolver o impasse que põe em risco a credibilidade das eleições próximas.
Também neste dia 28, o governo Hondurenho, denunciou o Brasil na Corte Internacional de Justiça de Haia , argumentando que o país esta descumprindo o principio de não intervenção em assuntos de outros paises.
Esta denúncia, da qual o Itamaraty até ontem não tinha sido comunicado, é um sinal de que nossa política externa como dissemos no texto anterior perdeu a capacidade de mediar um conflito como este.

domingo, 25 de outubro de 2009

O IMPASSE PRESIDENCIAL EM HONDURAS

(SOLDADO DURANTE MANIFESTAÇÃO EM HONDURAS)
As eleições para presidente em Honduras estão marcadas para o próximo dia 29 de novembro de 2009, e deverão ocorrer com ou sem acordo entre o presidente deposto Manuel Zelaya e o presidente interino Michelette. Michelette assumiu o poder no ultimo dia 28 de junho de 2009, quando Zelaya foi deposto por tentar alterar a Constituição daquele pais para introduzir o terceiro mandato presidencial.
O pais esta em impasse com a questão desde que Zelaya, voltou ao pais, e refugiou-se na Embaixada brasileira. O Brasil neste episodio demonstrou que perdeu a capacidade de mediar uma questão como esta.
De fato, o Brasil poderia, após receber o Senhor Zelaya na embaixada, até dar-lhe status de refugiado e envia-lo ao Brasil, mas jamais deveria ter permitido que um Presidente deposto transformasse a embaixada brasileira em escritório político.
O principio da inviolabilidade da embaixada este instituto jurídico não pode ser usado para apoiar presidentes que querem dar um contra-golpe em seu pais.
O Brasil não tem razão em dizer que esta defendendo um democrata, o Zelaya não passa de um caudilho, que não quer deixar seus privilégios. Se o Presidente do Brasil tinha a pretensão de, ajudando Zelaya, aparecer como grande líder, não poderia ter usado a embaixada para isto, o que no mínimo seria um abuso de direito cometido pelo Presidente brasileiro