Em nossa sociedade muito se fala de violência, dando-se destaques a crimes e atrocidades, contudo, poucas são as pessoas que realmente querem assumir o encargo de procurar e discutir uma real solução a este problema.
Dentro de todas as soluções apontadas, poucos têm coragem de tocar na responsabilidade dos pais em relação a seus filhos, geralmente não querermos admitir que o ser humano, só se vê como tal, depois de um processo educacional que tem inicio no núcleo familiar.
O processo de socialização de um individuo começa já nos primeiros anos de vida, quando aprende a falar, a se comportar, e a saber que existem limites em sua vida.
Esta questão de impor limites ao individuo quando em fase de crescimento o ajudará a entender como ele deve abdicar de parte de sua liberdade para viver em sociedade.
Nossas famílias têm dado uma exagerada liberdade para as crianças querendo suprir o afeto que não deram aos filhos com mil e um presentes. Assim fazendo esquecem que educar é muitas vezes dizer “não”. Ao deixarmos de impor limites nas crianças estamos ensinando a elas o principio do desrespeito ao próximo.
Como exigir que futuramente estas crianças não errem se ensinamos a elas que é necessário tirar vantagem de tudo, que para elas não existe fronteiras?
Na educação de nossos filhos também esquecemos de realçar a importância da religião na vida humana e, em um mundo tão avançado em tecnologia, inúmeras vezes não ensinamos às crianças a presença de Deus em tudo.
O beato João XXIII, nos ensina em sua e Carta encíclica Mater e Magistra: ”Portanto, qualquer que seja o progresso técnico e econômico, não haverá no mundo justiça nem paz, enquanto os homens não tornarem a sentir a dignidade de criaturas e de filhos de Deus, primeira e última razão de ser de toda a criação. O homem, separado de Deus, torna-se desumano consigo mesmo e com os seus semelhantes, porque as relações bem ordenadas entre homens pressupõem relações bem ordenadas da consciência pessoal com Deus, fonte de verdade, de justiça e de amor”.
Assim ao falarmos sobre a violência devemos assumir nossa responsabilidade, dentro do que nos propõe a doutrina da Igreja em especial o Beato João XXIII ।
MENTORE CONTI
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