Neste dia 3 de julho, aniversario
de nascimento de Franz Kafka, vemos o Brasil mergulhado em uma maré, por
assim dizer, de protestos. Onde a população
reivindica que as instituições funcionem e pede o fim dos privilégios que
existem em muitos setores do serviço público.
Com relação ao fim dos
privilégios em que muitos funcionários e pessoas que ocupam cargos publicos
tem, é inevitável que lembremos do Romance
“Colonia Penal” de Franz Kafka.
Neste romance uma estranha
maquina de execução da pena de morte está para ser desativada, uma maquina que
escreve no corpo do sentenciado a sua culpa e que o atravessa com agulhas,
escrevendo a frase, até que ele morra.
Para a desativação um inspetor é
enviado para ver a maquina e o funcionário que trabalha com a maquina tem que
mostrar o funcionamento dela para o inspetor.
Quando o funcionário percebe que não
tem como não desativar a maquina e que ele vai perder o privilegio de operá-la, se desespera, fica ansioso e por fim
ele se suicida se jogando dentro da maquina.
Assim agem alguns governantes
agora, com medo, se explicam, falam, agem, com pavor e medo, com ânsia, numa tentativa
desesperada de evitar que a voz do povo se consolide que as reivindicações
sejam atendidas, que seus privilégios acabem.
Claro que não chegarão a se suicidar,
mas a ânsia o pavor com que escutam e vêm as passeatas é a mesma do oficial que operava
a maquina no romance e ouvia inspetor que ia mandar desativar a maquina.
A Colônia Penal é um livro indispensável...
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