quarta-feira, 3 de julho de 2013

O PAVOR QUE OS GOVERNANTES TÊM DAS RUAS: UM QUADRO KAFIKIANO?


 
 
Neste dia 3 de julho, aniversario de nascimento de Franz Kafka, vemos o Brasil mergulhado em uma maré, por assim  dizer, de protestos. Onde a população reivindica que as instituições funcionem e pede o fim dos privilégios que existem em muitos setores do serviço público.

Com relação ao fim dos privilégios em que muitos funcionários e pessoas que ocupam cargos publicos tem, é inevitável que lembremos do Romance  “Colonia Penal” de Franz Kafka.

Neste romance uma estranha maquina de execução da pena de morte está para ser desativada, uma maquina que escreve no corpo do sentenciado a sua culpa e que o atravessa com agulhas, escrevendo a frase, até que ele  morra.

Para a desativação um inspetor é enviado para ver a maquina e o funcionário que trabalha com a maquina tem que mostrar o funcionamento dela para o inspetor.

Quando o funcionário percebe que não tem como não desativar a maquina e que ele vai perder o privilegio de operá-la, se desespera, fica ansioso e por fim ele se suicida se jogando dentro da maquina.

Assim agem alguns governantes agora, com medo, se explicam, falam, agem, com pavor e medo, com ânsia, numa tentativa desesperada de evitar que a voz do povo se consolide que as reivindicações sejam atendidas, que seus privilégios acabem.

Claro que não chegarão a se suicidar, mas a ânsia o pavor com que escutam e vêm as passeatas é a mesma do oficial que operava a maquina no romance e ouvia inspetor que ia mandar desativar a maquina.

A Colônia Penal é um livro indispensável...
 

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