sábado, 8 de março de 2014

OS DADOS DO DESEMPREGO NO BRASIL

Em 2013, o índice de desemprego média apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 5,4%. Apuração esta feita nas seis principais regiões metropolitanas do País Sendo a menor média anual desde o início da série histórica da taxa de desemprego, em 2003.
Parece bom que esta pesquisa tenha registrado menos desemprego, mas o numero que resultou deste trabalho pode encobrir o que realmente ocorre em relação ao desemprego. Assim como para medir a inflação se usa métodos que camuflam os resultados na questão do emprego se faz a mesma coisa.
Lendo com atenção o site do IBGE, que realiza esta pesquisa encontramos que, empregados são aquelas pessoas que trabalham para um empregador ou mais, cumprindo uma jornada de trabalho, recebendo em contrapartida uma remuneração em Dinheiro ou outra forma de pagamento (moradia, alimentação, vestuário, etc.).
Oras só ai temos um problema, se uma pessoa perde o emprego e vai ajudar um parente, por um período morando com este parente e ajudando-o a limpar a casa ele esta empregado? Não, mas está dentro da definição de empregado pelo IBGE.
Se um morador de rua em troca de comida uma roupa limpa um quintal para alguém, por uns dias ele esta empregado? Claro que não, mas esta na definição de empregado do IBGE, pois pela definição do IBGE uma pessoa que trabalhar 15 horas por semana caracteriza uma pessoa empregada, (15 horas por semana são em realidade, dois dias de trabalho).
Assim se depois de um desempregado passa a viver de bicos, a espera de uma colocação, de um emprego, vamos lá por um período de 5 meses (o período Maximo de recebimento de seguro desemprego) ele não entra no índice porque trabalha recebendo uns trocados ou alimentação, não entra no índice?
Porque não classificar vendo se a pessoa é autônomo mesmo ou se ela é desempregada que faz bicos?
Camuflar o índice, como se percebe pela definição do site do IBGE, só atrapalhará, a criação de uma política correta de estimulo ao emprego.

Neste ponto cabe apenas relembrar Carlos Drummond de Andrade em seu poema Comendo Chapéu quando diz: para o trabalho havia um Ministério com toda cibernética montagem; para trabalhadores, não havia trabalho.

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