quinta-feira, 23 de maio de 2013

ERRO DE PRIORIDADE


O governo anunciou nesta semana, o corte de 28 bilhões de reais, no orçamento de 2013, e uma medida provisória publicada nesta segunda-feira dia 20, no ‘Diário Oficial’ da União  permitiu ao governo o direito de usar com antecipação receitas da Usina de Itaipu que deveriam entrar nos cofres da União até 2023, em mais uma manobra para fazer o Tesouro Nacional  fechar as contas, principalmente a meta de economia para pagamento de juros da dívida, conhecida como superávit primário.
Segundo o governo não serão cortados verbas para aplicação no PAC, Bolsa Família, Ministério da Saúde e da Educação, com o corte de 28 bilhões.
Oras ouvintes ao mesmo tempo em que o governo diz que economizará 28 bilhões do orçamento,  antevendo um crescimento menor da economia e que não vai tirar estes valores da área social, ele usa de antecipação de receita de Itaipu, sempre visando fechar as contas e pagamento de juros.
Mas se ele usa de antecipação de receitas de Itaipu, para uma manobra destas, como ficam os investimentos a serem feitos no setor elétrico, na própria usina?.
Que adianta não retirar este valor de 28 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento, mas tirar o mesmo valor de um outro ministério não citado, ou usar a antecipação da receita de Itaipu.
Oras, os 28 bilhões que o governo tirar do orçamento, ainda que não seja da área social, vai ter reflexo na área social. Um corte no ministério da agricultura, pode travar investimentos no setor agrícola que reflete nos alimentos, um corte no ministério da industria e comercio, pode representar falta de investimentos no setor e prejudicar a industria, o que afeta o emprego e a área social.
Que a receita não será a esperada e planejada no orçamento nos sabemos, mas, talvez seja necessário cortar exatamente onde o governo diz que não tocará, ou seja, nos programas sociais e voltar a fazer governo  seriamente, lembrando que toda a área de atuação do governo é essencial.
Não mexer no dinheiro de Itaipu é tão essencial, quanto o bolsa família, pois o investimento na infra-estrutura de eletricidade ajuda a melhorar o investimento industrial que gera empregos e assim por diante. Ou será que veremos sempre um governo a tapar buracos nas contas publicas, retirando dinheiro de áreas tão essenciais quando a área social.

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