quarta-feira, 19 de junho de 2013

AS PASSEATAS

( info. Abril)

Acompanhamos nestas duas semanas o Movimento do Passe Livre, e as passeatas que em são Paulo acabaram muitas vezes em pancadaria, mas que ao final na tarde de ontem fizeram com que o governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo voltassem atrás e reduzissem o preço da passagem.
Estas passeatas não foram exclusividades do Estado de São Paulo, e não ocorreram também somente por redução de passagem de ônibus, ocorrendo também no Rio de Janeiro, Belém do Pará. Em Brasília, por exemplo, grupos de manifestantes fizeram protestos diante do Estádio Mané Garrincha e a Presidente Dilma Rousseff foi vaiada por três vezes.
Durante as vaias contra a presidente o presidente da FIFA chegou a falar em farplay, ou seja, na atitude do esporte de respeitar o adversário, marcando bem que existe uma adversidade entre povo e governo.

(Estadão)

Como entender estas manifestações?
Teriam infiltração de correntes políticas? Seriam espontâneas? Na realidade estas manifestações são um resultado da insatisfação geral com os problemas sociais e até mesmo com um Estado contemporâneo que não corresponde aos anseios de uma população.
Os protestos tem se multiplicado em vários países, dando origem há tempos atrás à primavera árabe e também aos conflitos na Turquia, algo similar com o que ocorreu em 1968, quando protestos ocorreram no mundo inteiro, desaguando aqui na guerrilha estudantil dos anos 60.
Hoje também, um vazio de poder, uma inatividade estatal em solucionar problemas básicos acabam gerando esta insatisfação, e nesta época contemporânea, com o uso da internet acabam se organizando as manifestações.
Se num primeiro momento estas manifestações, que se tornaram gerais no Brasil, e são digamos assim, espontâneas, rapidamente pode haver algum líder ou alguns lideres que procurando capitalizar este movimento a seu favor, politize o acontecimento e tente com isto tomar o poder.
Este fato sempre ocorreu na historia como citei no programa Bom Dia Cidade da Radio Vida Nova de Jaboticabal, programa com Jorge di Bello, e foi o que aconteceu em 1964 no pais, quando os Generais Emilio Garrastazu Médici, Geisel e outros se juntaram a políticos como Carlos Lacerda e no clima de insatisfação que existia na época deram um golpe político-militar.

É legitimo o protesto de rua e previsto na constituição liberdade de se reunir sem armas, só temos que tomar o cuidado de não deixar que lideres carismáticos de ultima hora, como o próprio Luis Inácio Lula da Silva em 1979, utilizem este fato para se projetarem na política e no comando do país.

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