segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

ATENTADOS EM PARIS







Passados alguns dias do atentado à revista francesa Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos, e depois o tiroteio contra sequestradores mulçumanos a 40 km de Paris, em Dammartin-en-Goële, não pode ser considerado apenas como o resultado de uma guerra santa quer o Islã quer travar contra o ocidente Cristão.
Na realidade não é de hoje que o terrorismo do oriente médio e do norte da África faz vítimas na Europa. Lembremos aqui o atentado à vila olímpica nas olimpíadas de Munique, Alemanha na manhã do dia 5 de setembro de 1972, oito terroristas do grupo palestino Setembro Negro invadiram as acomodações dos atletas israelenses em Munique e mataram dois esportistas a sangue-frio e depois no final da ação nove reféns israelenses, cinco terroristas palestinos e um policial haviam sido mortos.
No final da década de 80, por uma semana mais precisamente em 17 de setembro de 1986, também em Paris, um atentado a bomba numa loja matou sete pessoas e deixou 55 feridas. Em cerca de um ano, a cidade foi alvo de 15 atentados, todos de autoria da rede terrorista pró-Irã de Fouad Ali Saleh. No total, 13 pessoas foram mortas e 303 feridas.
Diga-se de passagem que muitos destes terroristas de então tinham apoio de Nelson Rolihlahla Mandela ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993 (?) e que em seu país promoveu atentados, como se acha em sites do continente africano.
Mas porque estes atentados tanto na França, como na Alemanha e mesmo na Itália? A resposta não é tão difícil.
Há muitos anos, mesmo antes da guerra-fria, os países europeus desenvolvem atividades militares no oriente médio, em uma geopolítica que ora, busca controlar o petróleo, ora busca controlar a expansão mulçumana, como na questão do Irã.
Entre os países que participam desta “Força de Paz”, da Otan Organização do Tratado do Atlântico norte estão a França e a Itália e, que, por consequência uma vez ou outra sofrem com os atentados.
Na realidade o que ocorre é que nos dias de hoje, navegando nas redes sociais, esquecemos que o mundo não é cor-de-rosa e nem se resume a mandar uma foto um post de um belo pôr do sol a alguém que temos em nossa página.
Atentados como estes vem nos alertar de que de tempos imemoriais vivemos em situação de tensão entre as nações, por vários interesses, e que uma vez ou outra, ocorre um ato onde a política não consegue compor os conflitos que desaguam em algum atentado, ou guerra.
Não podemos perder de vista nesta questão, sem esgotar o assunto sobre os motivos de um atentado como o contra a revista francesa, que um atentado terrorista não é apenas uma vingança religiosa, como a primeira vista parece, mas sim um alerta, um protesto contra algum ato quer o pais vítima do atentado praticou contra o terrorista e sua nação.



Nenhum comentário: