Passados alguns dias do atentado à revista francesa Charlie
Hebdo, que deixou 12 mortos, e depois o tiroteio contra sequestradores
mulçumanos a 40 km de Paris, em Dammartin-en-Goële, não pode ser considerado
apenas como o resultado de uma guerra santa quer o Islã quer travar contra o
ocidente Cristão.
Na realidade não é de hoje que o terrorismo do oriente médio
e do norte da África faz vítimas na Europa. Lembremos aqui o atentado à vila
olímpica nas olimpíadas de Munique, Alemanha na manhã do dia 5 de setembro de
1972, oito terroristas do grupo palestino Setembro Negro invadiram as
acomodações dos atletas israelenses em Munique e mataram dois esportistas a
sangue-frio e depois no final da ação nove reféns israelenses, cinco
terroristas palestinos e um policial haviam sido mortos.
No final da década de 80, por uma semana mais precisamente
em 17 de setembro de 1986, também em Paris, um atentado a bomba numa loja matou
sete pessoas e deixou 55 feridas. Em cerca de um ano, a cidade foi alvo de 15
atentados, todos de autoria da rede terrorista pró-Irã de Fouad Ali Saleh. No
total, 13 pessoas foram mortas e 303 feridas.
Diga-se de passagem que muitos destes terroristas de então
tinham apoio de Nelson Rolihlahla Mandela ganhador do Prêmio Nobel da Paz de
1993 (?) e que em seu país promoveu atentados, como se acha em sites do
continente africano.
Mas porque estes atentados tanto na França, como na Alemanha
e mesmo na Itália? A resposta não é tão difícil.
Há muitos anos, mesmo antes da guerra-fria, os países
europeus desenvolvem atividades militares no oriente médio, em uma geopolítica
que ora, busca controlar o petróleo, ora busca controlar a expansão mulçumana,
como na questão do Irã.
Entre os países que participam desta “Força de Paz”, da Otan
Organização do Tratado do Atlântico norte estão a França e a Itália e, que, por
consequência uma vez ou outra sofrem com os atentados.
Na realidade o que ocorre é que nos dias de hoje, navegando
nas redes sociais, esquecemos que o mundo não é cor-de-rosa e nem se resume a
mandar uma foto um post de um belo pôr do sol a alguém que temos em nossa
página.
Atentados como estes vem nos alertar de que de tempos
imemoriais vivemos em situação de tensão entre as nações, por vários
interesses, e que uma vez ou outra, ocorre um ato onde a política não consegue
compor os conflitos que desaguam em algum atentado, ou guerra.
Não podemos perder de vista nesta questão, sem esgotar o
assunto sobre os motivos de um atentado como o contra a revista francesa, que
um atentado terrorista não é apenas uma vingança religiosa, como a primeira
vista parece, mas sim um alerta, um protesto contra algum ato quer o pais
vítima do atentado praticou contra o terrorista e sua nação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário