Betty Boop é uma personagem de desenho animado que apareceu
nas séries de filmes Talkartoons e Betty Boop, produzidas por Max Fleischer e
distribuídas pela Paramount Pictures em 19311 . Hoje, Betty é considerada uma
das personagens dos desenhos animados mais conhecidos do mundo e considerada a
rainha dos desenhos animados da década de 1930.
Betty tinha um jeito de garota independente e provocadora,
sempre com as pernas de fora, exibindo uma cinta-liga. Foi em 1930 que a
personagem imigrante judaica começou sua "carreira", em Dizzy Dishes,
espelhando-se nas divas desta década, ao som de muito jazz (Big Bands). Mas
Betty Boop ficou famosa mesmo quando interpretou "Boop-Oop-a
Doop-Girl", de Helen Kane, e, enfim, entrou para a história, participando
de mais de 100 animações. No Brasil, Betty foi dublada por Lina Rossana.
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Origens
Betty Boop fez sua primeira aparição em 9 de agosto de 1930,
em Dizzy Dishes , o sexto na série Talkartoon de Fleischer. Embora a atriz
Clara Bow seja como o modelo para Betty, ela realmente começou como uma
caricatura da cantora Helen Kane. Em sua primeira aparição, a personagem foi
criada originalmente como uma espécie de um poodle francês humanóide. Após sua
primeira aparição, Betty Boop foi redesenhada como uma personagem humana em
1932, no desenho Any Rags. Suas orelhas moles de poodle se tornaram brincos de
argola, e seu nariz preto canino passou a ser nariz humano. Betty Boop apareceu
como um personagem coadjuvante em 10 desenhos animados como uma garota flapper,
ou seja, uma garota toda arrumada vestindo saia curta.
Durante as primeiras aparições, a voz de Betty foi feita
pela Margie Hines. Além desta, a voz da Betty foi feita por várias atrizes, que
incluem Kate Wright, Bonnie Poe, Ann Rothschild (também conhecida como Little
Ann Little), entre outras. A voz mais conhecida de Boop foi Mae Questel, que a
interpretou em vários curtas, desde 1931 até 1938, e também fez a voz da personagem
no filme Uma cilada para Roger Rabbit em 1988 e no filme do Gato Félix, em
1991. Hoje em dia, durante os comericiais, sua voz é feita pelas atrizes Cindy
Robinson, Sandy Fox, Cheryl Chase e Tara Strong. Em 1932, Betty Boop ganhou seu
papel e seu próprio desenho no curta Stopping the Show, onde ela aparece como
protagonista.
Polêmica
Em seus primeiros curtas a personagem ia além dos padrões da
sociedade nos anos 30, pois suas saias eram muito curtos e mostravam suas
pernas inteiras sem nada para cobrir. Em várias cenas mostravam a personagem só
com suas roupas intimas e cenas que pareciam que ela estava sendo estuprada
HA! HA! HA!
O episódio de 1934, HA! HA! HA!, fez muita polêmica na época
de seu lançamento, pois na história Betty têm que arrancar o dente do palhaço
Koko e para acalmar ele, decide usar o gás hilariante, porém o gás se espalha
pela cidade inteira fazendo todos rirem. Esse episódio foi acusado de promover
o uso de drogas e foi censurado no país.
Código de produção 1934
Em 1934, os curtas-metragens de Betty Boop sofreram
alterações devido ao código de produção que censurou algumas características,
porque antes, os curtas-metragem eram direcionados para o público adulto.
Desde o dia 1º de julho de 1934, o código de produção
sugeriu que Max Fleischer alterasse as características dos seus desenhos e a
aparência da personagem. Desde então, Betty deixou de usar roupas muito curtas
e passou a vestir um vestido, ou qualquer roupas que cobriam seu corpo até o
pescoço, inclusive que seu cabelos passou a ter menos rolos. Betty se tornou
uma solteira politicamente correta, possuindo uma personalidade mais
responsável e mais séria. O código não permitia que a personagem e um cão
chamado Bimbo tivessem uma relação amorosa, que seria considerado zoofilia,
pois no curta Betty Boop's Little Pal (1934) Betty passou a ter uma cachorro
comum chamado "Pudgy" como seu animal de estimação. Desde então, seus
curtas passaram a ter histórias centradas para o público infantil.
Em 1939, a produção dos curtas-metragens de Betty Boop foram
encerradas, pois sua última aparição foi no curta "Rhythm on the
Reservation".
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