quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A EDUCAÇÃO

Está em discussão e votação no senado, o plano nacional de educação. Apesar de ser uma área que aparentemente não envolve conflitos políticos a educação é uma das áreas que interessam muito a quem está no poder. Em política se tem a idéia de que conhecimento é poder.
De fato, Alexandre o grande rei da macedônia que com seu império sucedeu a Magna Garcia, falava que o conhecimento pleno deve ser  privilégio apenas de governantes e que os súditos, deveriam ter o conhecimento o bastante para servir ao governante.
Apesar de um pensamento daquela época, só entenderemos  esta disputa em relação ao plano nacional de educação e as disputas estaduais e municipais em torno desta áreas com referido pensamento.
A ideia muitas vezes que vemos é controlar a educação para que não surjam das escolas pessoa que pensem com independência. Mesmo passado a ditadura militar o controle sobre esta área não terminou.
Muitas vezes vemos escolas que caem os pedaços, cria-se uma legislação que tira a autoridade de dirigentes de ensino e professores, com que intenção?
A ideia, com raras exceções,  será sempre a de evitar um ensino que possibilite que o cidadão tenha consciência para cobrar trabalho do governante, para cobrar seriedade do governante.
Mesmo deixando de criar mão de obra qualificada, o que prejudica a empresa e o comercio, tenta-se ao Maximo, não passar conteúdo de qualidade ao povo, para manter a política sempre na mão de poucos.
Este tipo de atitude ainda tem um outro aspecto, quando se impede uma melhoria efetiva na educação, sobra mais verbas desta área para ser remanejada e por fim desviada em grande parte dos municípios brasileiros.
Infelizmente enquanto nossa população não valorizar a escola e não exigir um ensino de qualidade, haverá sempre a tendência de se manipular esta área de atuação do governo e concentrar nela disputas como esta.



CAMPANHAS ELEITORAIS

Um tema importantíssimo veio à tona esta semana, ou seja, o financiamento de campanhas eleitorais por parte de empresas. De fato este tipo de financiamento provoca uma distorção nas administrações de quem recebe estas verbas durante a eleição;
Claro que uma empresa não da este tipo de apoio por ser ter simpatia com a ideologia do candidato, mesmo porque temos que lembrar que o fim da guerra fria acabou com as ideologias que existiam até então e a globalização e neoliberalismo criou um sociedade de mercado que invadiu também a política.
Hoje se uma empresa gasta muito em uma campanha eleitoral, que alias é caríssima, não existindo interesse ideológico, haverá por conseqüência uma demanda pelo dinheiro investido e ai surge o problema.
Se levarmos em conta que a sociedade brasileira sempre teve, desde as capitanias hereditárias em grande parte uma mentalidade do particular se encostar no Estado, veremos que o problema fica ainda maior.
Nos Estados Unidos da America por exemplo temos uma eleição indireta a presidente, para tentar evitar ao Maximo que o interesse econômico manipule a eleição, o que nem sempre se consegue.

No Brasil se realmente se confirmar esta proibição de financiamento de campanhas eleitorais por empresas, poderemos evitar os inúmeros erros e problemas nas obras feitas por administrações publicas.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

AGORA É TARDE, INES É MORTA!




agora é tarde Inês é morta! Inicio este comentário com esta frase já que o congresso quer rever o ato que declarou vago o cargo de presidente da republica anulando o mandato de João Goulart em 1964 e dando legitimidade ao governo político-militar que a partir de então governou até 1985.
A frase sobre Inês é proposital porque lembra o episódio histórico por volta de 1300 de D Pedro I e Inês de  Castro. Na época D Afonso IV é instigado a matar D Inês mulher de seu filho D Pedro I. isto por intriga de membros da corte portuguesa.
Com a morte de D Afonso IV em 1357, D Pedro assume o trono, e num ato para demonstrar sua autoridade ele declara D Inês Rainha e manda executar quem tinha tramado sua morte. Neste episódio não podemos confundir este D Pedro I de Portugal com o D Pedro I do Brasil que foi D Pedro IV, em Portugal, quando lá retornou.
Se na época  D Pedro I, tinha o objetivo de reforçar sua autoridade com a coroação de D Inês já morta, que objetivo tem, hoje, o Congresso brasileiro em anular o ato que declarou vago o cardo de João Goulart?
Nenhum!  Estão brincando de governar, praticar atos inúteis no governo, serve somente para perder o prestigio, o resto de autoridade que ainda têm. Seria prudente ao Congresso e mesmo ao executivo, trabalhar para implantar as reformas que o pais tanto precisa.
Está bem, revoga-se o ato que declarou vago o cargo tirando João Goulart e ai?!? Vão dar posse a ele? Isto vai resolver o problema da saúde? Os projetos de leis e atualizações de leis? Vão mudar por causa desta revogação do ato histórico contra João Goulart?
Não! A historia vai continuar registrando que João Goulart teve o mandato declarado vago pelo congresso de então! Não faltava mais nada!!!
Há não ser que com estas revelações da comissão da verdade se queira esconder, entre aspas, toda a sujeira que vem aparecendo no mundo político, revelações estas sobre JK o João Goulart e etc.
Que tal deixar isto com os historiadores e governar, fica ai uma sugestão, que tal trabalhar quando se é eleito, ao invés de ficar investigando e julgando a historia! Sobre a questao de brincar de governar, o então deputado Abelardo Jurema diz em seu livro PSD e PTB: Juscelino e Jango, que um dos erros de João Goulart foi não perceber o perigo que rondava seu governo, de não levar a sério estes perigos.

A PRISAO DOS MENSALEIROS



Este dia 15 de novembro foi um marco pra o país, com a prisão de alguns condenados  no escândalo do mensalão, entre eles Genoino e José Dirceu.
Além de terem cometido atos de corrupção,  os condenados, principalmente José Genuíno e José Dirceu, traíram toda uma juventude que com ideais de esquerda apostaram neles. E aqui falo dos jovens de hoje e daqueles dos anos 60 que se arriscaram contra os militares e tinham Genuíno e Dirceu com lideres.
Pouco adianta contar a Internacional Socialista, o punho fechado em sentido de luta, as palavras de ordem de meia dúzia de correligionários. Houve sim a traição dos ideais pelo qual tanto pregaram.
A única coisa estranha ate o momento é a ausência de processo contra Luis Inácio Lula da Silva,  já que foi constatado que o esquema do mensalão passava pelo palácio do planalto na época do Lula.
Uma outra questão pendente ainda é o destino das reformas feitas com base no mensalão. Oras se parte dos deputados que aprovaram reformas legislativas o fizeram por terem recebido propina, estas reformas estão de certa forma com vicio jurídico e poderão ser questionadas judicialmente, com o disse o ministro Celso de Mello.
Em recente decisão da 1ª Vara da Fazenda de Belo Horizonte  um juiz ao julgar o caso da viúva de um servidor público estadual que pleiteava reajuste no valor da pensão, decidiu anular os efeitos da reforma da Previdência, de 2003, com base na tese de que a reforma só foi aprovada pelo Congresso mediante compra de votos pelo esquema do mensalão.
Alem deste desdobramento o caso do mensalão agora pode agravar as relações entre Brasil e Itália, pois com a Fuga de um dos réus para lá o Brasil terá que pedir extradição deste réu à Itália, que teve negado o pedido que fez de extradição de Cesare Batisti, condenado a prisão perpetua por crime comum e foi protegido contra a justiça italiana no Rio grande Do Sul.
A condenação agora destes mensaleiros e de Dirceu e genuíno,  comprova mais uma vez que aquela esquerda revolucionaria marxista não passa de um amontoado de ideias que tem em seus quadros, figuras como Stalin. Hitler e Mussolini, Mussolini que antes de criar o fascismo era do Partido Socialista Italiano, uma esquerda da qual muitos partidos hoje e muitos idealistas buscam se afastar.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

UMA MUDANÇA NÃO APENAS NA LEI

 (Foto: Jornal da Paraiba)

Está em discussão na Comissão de Constituição e justiça do Senado Federal a proposta que flexibiliza a imputabilidade penal para pessoas que tenham entre 16 e 18 anos.
Segundo a proposta até o momento, caberá ao Ministério Publico, ao promotor,  propor um incidente de desconsideração da maioridade para casos graves e este processo continuará sendo julgado pelo juízo da infância e juventude.
Quanto a imputabilidade de menores de 18 anos, ou seja, a possibilidade de acusar de crime alguém com menos de 18 anos, isto é perfeitamente possível e o Doutrinador Nelson Hungria, nos ensina que a maioridade penal é mantida aos 18 anos por uma questão de política criminal e não por falta de entendimento do menores, em relação a uma conduta criminosa.
Esta proposta é perfeitamente viável, com alguns ajustes, como por exemplo, estender o incidente a todo ato criminoso praticado por menor, levando em consideração a sua formação como individuo.
Alem da questão da maioridade penal, de imputabilidade penal, nós não podemos perder de vista que não é só uma mudança de lei que resolverá o problema.
É necessário uma educação mais rígida um comprometimento maior de toda uma sociedade para a formação dos jovens e para que a índole de violência que cada indivíduo tem seja refreada pela educação, familiar ou escolar.
Devemos nos conscientizar de que não somos livres plenamente em uma sociedade e que devemos agir e ter um comportamento dentro de padrões aceitáveis segundo os mores sociais, segundo a ética.
O direito não se resume a um conjunto de códigos e a uma constituição e, outra fonte do direito é o costume.
Portanto não basta esta mudança que está sendo analisada no Senado, tão salutar como esta mudança seria, por exemplo, ver as pessoas adultas, que tem responsabilidade social, em atitudes de adultos, nas redes sociais ao invés de aparecerem bebendo como adolescentes em fotos de qualidade duvidosa.

Porque postar estas fotos no facebook e perpetuar este mau exemplo aos jovens, de pessoas que ocupam cargos importantes, ou socialmente relevantes. De atos inconsequentes, os jovens já tem seus amigos, não precisam de mais maus exemplos dos adultos.

Luigi Tenco - Lontano Lontano.


um pouco de boa musica :

Nascido em 1938, Luigi Tenco inicia sua carreira em 1961 com o álbum de 45 rotações "I miei Giorni Perduti". Em 1967, se suicida durante o festival de San Remo, depois de um romance tumultuado com a cantora Dalidá e porque sua musica inscrita no festival, não venceu premio algum a musica era Ciao, Amore Ciao!

lei mais no linkLuigi Tenco (wikipedia) 

sábado, 9 de novembro de 2013

SOBRE AS ALIANÇAS POLITICAS...

No próximo ano teremos as eleições e mais uma vez vemos a formação de alianças e a tão falada luta pela reforma política.
O problema não é novo e tanto da composição para uma reforma política como na composição de uma chapa para as eleições vemos negociações e a pergunta que não sai de nossa mente é: até onde deve ir uma concessão para aliança política e o que não se deve ceder para uma aliança.
Ou melhor reformulando a pergunta: qual o limite para uma aliança política. Agora os holofotes estão sobre Marina Silva e  Eduardo Campos que se coligaram para enfrentar  Dilma Rousseff pelo PT e Aécio Neves pelo PSDB.
Mas a própria  Dilma Rousseff  no PT e Aécio Neves no PSDB ou qualquer outra chapa onde partidos de ideologias diferentes se coliguem, a questão é a mesma: até onde chegar com as alianças e onde não ceder para uma aliança em nome do poder?
Em historia temos um exemplo na guerra dos farrapos. O general Antonio de Souza Netto, que fez a guerra juntamente com Bento Gonçalves, Canabarro e Garibaldi contra o império, enfrentou este problema.
Terminada a guerra separatista que durou de 1835 a 1845, no acordo de paz, o General Netto teve que ceder praticamente em todos os ideais que tinha, quebrando inclusive a promessa que fizera ao lanceiros negros, (grupos de combatentes na Guerra dos Farrapos composto por escravos) de garantir-lhes a liberdade no final da guerra.
Claro que carregaria consigo este peso de não manter a defesa dos ideais que defendera, para fazer o acordo no fim da guerra dos farrapos e a reincorporação da republica Rio Grandense que proclamara anos antes, ao Império Brasileiro.
Netto luta depois na Guerra do Paraguai (1864-1872), morrendo em 1866 e é o exemplo de muitos políticos de todos os partidos que temos hoje, que fazem concessões, e às vezes tem que arcar par sempre com a culpa de ter feito alianças que não queriam por causa de uma governabilidade.

Temos sobre o episodio do General Netto um excelente filme  denominado Netto perde sua alma é filme dirigido por Tabajara Ruas e Beto Souza. Eis ai uma dica de filme pra se ver.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O APEGO PELAS REDES SOCIAIS

Temos hoje a mania de se postar fotos em redes sociais, fotos que registram assuntos banais, do dia-a-dia, criar postagens de fatos sem importância alguma, mas que são postadas como se a existência das pessoas retratadas nela dependesse da postagem feita.
Vai s comer uma pizza, lá esta um ilustre fotógrafo amador com sua câmera compacta ou celular a registrar e a postar a foto, se vai a um concerto de musica, lá vem e lá vai foto.
Não sou contra a fotografia, e gosto de fotografia também, mas porque se registrar momentos de pouca importância? Será que criamos uma mentalidade de que não existimos como gente se não estamos no Facebook?
A ideia de privacidade foi abolida e os efeitos deste exagero de publicidade ainda não são totalmente conhecidos, mas pode esta falta de privacidade, afetar negativamente as pessoas.
Primeiramente na perda da noção de individualidade, noção indispensável ate mesmo para a formação de um caráter por exemplo, ou mesmo no abandono que um internauta passa a ter de suas obrigações cotidianas.
Um outro problema também é a divulgação em um veiculo aberto de atividades diárias que podem ser vistas por pessoas normais ou mesmo psicopatas que podem usar destas informações para atacar alguém, por exemplo.
No caso recente do exame do Enem a mania de postagem em redes sociais superou até mesmo o risco da punição do MEC para tais casos que era a de cancelar a nota da prova de quem postasse fotos como fizeram. Mas mesmo assim abandonaram o real motivo pelo qual estavam na prova e postaram fotos das provas do Enem.
De fato existem pessoas que não se dão conta que a postagem que fazem, pode constituir crime, de injuria por exemplo e que vão ter que responder por isto.

Provavelmente este é o resultado de uma mentalidade de que no mundo virtual tudo pode ser feito, como se fosse terra de ninguém. Mas ao contrario do que se pensa a internet não tem nada de virtual, de imaginário, é uma extenso real e cibernética onde os atos lá praticados tem repercussão jurídica e social, tanto no campo penal, como no campo do direito civil. Isto alem dos efeitos psicológicos que mencionei acima. 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

SOBRE A VIOLÊNCIA DE HOJE

Dentro do tema violência e vendo inúmeros casos de atos de crimes monstruosos, nos vem a pergunta, se estamos vendo seres humanos ou animais praticarem estes atos.
Claro que a resposta é que se trata de seres humanos, mas como pode um ser humano praticar um ato abominável. Há muitos anos a criminologia tem tentado responder isto e de Lombroso a autores modernos encontraremos varias respostas.
Junto com a índole do homem de Neandertal, da qual guardamos os impulsos de violência, e dos problemas mentais que uma  pessoa pode ter e que libera esta índole, temos que lembrar a atitude pós moderna que nossa sociedade tem com relação os grupos sociais e as pessoas.
Cada sociedade tem leis e normas sociais, divididas em mores (normas fundamentais para um individuo e a sociedade, e folkways, normas sociais menos impositivas que os mores, mas importantes para o convívio social, como o saber se portar numa rua, o conversar com as pessoas etc, normas sociais estas que também devem ser levadas em conta no momento da elaboração das leis.
Hoje queremos viver, como se estas normas sociais, mores e folkways, não existissem, como se pudéssemos impor nosso individualismo a todos os demais.
Quando se ensina em sociedade esquecendo estes princípios, acabamos tendo em sociedade pessoas violentas ao extremo, capaz de matar por um reles celular ou por fogo em uma pessoa porque ela não tem mais que trinta reais no bolso.
A droga vem como um acelerador desta violência, e se repararmos bem, parte da sociedade em seu individualismo exagerado não recrimina o entorpecente. Ao invés disto cria até mesmo passeatas para liberação de maconha.
Em uma sociedade que enaltece o ser ágil ao extremo e esperto ao extremo, as drogas que de inicio causam euforia na pessoa, acabam sendo toleradas por parte da sociedade.
Assim temos uma sociedade onde parte das pessoas, inclusive pessoas com notoriedade, quer abolir as normas sociais e não recrimina o uso de substancias que são nocivas a saúde, mas causam agilidade e euforia no individuo.

É por este motivo, que devemos mudar nossa atitude em sociedade e o primeiro passo é sem sombra de duvidas, parar de combater a família e o núcleo familiar, parar de por em duvida a autoridade dos pais em relação aos filhos. 

domingo, 27 de outubro de 2013

O PROGRAMA MAIS MÉDICOS



(foto do Jornal A Critica de Manaus)

Antes de falarmos no programa Mais Médicos" vejamos esta noticia que foi publicada no site do jornal A Critica. com de Manaus em 3 de setembro deste ano:


"SUS desativou quase 13 mil leitos entre 2010 e 2013

A psiquiatria, com 7.449 leitos a menos, foi a especialidade com maior queda. Na pediatria houve redução de 5.992; na obstetrícia, 3.431 e na cirurgia geral houve uma redução de 340 leitos. Em janeiro de 2010, o SUS tinha 361 mil leitos, em julho deste ano, caiu para 348.303"
"
http://acritica.uol.com.br/noticias/Manaus-Amazonas-Amazonia_0_986301425.html"


Mesmo diante de fatos como estes  o governo informou que o programa mais médicos recebeu neste domingo dia 27 de outubro, mais 695 médicos que integrarão o programa segundo a Presidente da Republica Dilma Rousseff. Segundo o governo este contingente de médicos se soma aos 577 médicos que chegaram no dia 26. Ainda segundo o governo, o total de médicos, contando com os que já entraram no programa há alguns meses cria uma cobertura para 13 milhões de brasileiros.

Este programa foi anunciado, esta se fazendo muita propaganda política sobre o assunto, mas até o momento não se viu uma melhoria efetiva na questão de equipamentos e hospitais, pelo pais.
E não se trata de ter deficiência de equipamentos médicos apenas em regiões afastadas do Brasil. Temos problemas inclusive no Estado de São Paulo, onde em Ribeirão Preto, por exemplo, falta material de sutura até mesmo no hospital das clinicas.

Faltam ambulâncias, faltam leitos hospitalares e vários hospitais como as Santas Casas estão a beira da falência. Portanto, senhores o programa mais médicos como foi estruturado não resolve.

Que poderá fazer um médico, mesmo que tenha especialidade e boa vontade se não existem equipamentos. Como tenho falado sempre em meus comentários na Radio Vida Nova AM de Jaboticabal, o correto atendimento da população na área de Saúde não é só uma questão de cidadania em si.

Como pode um pais ter operários que trabalham bem, se ele operário e sua família não tem onde se socorrer se adoecerem? O atendimento na Área da Saúde, portanto é uma questão crucial mesmo quando se fala em produção industrial por exemplo.

Tanto é verdade que as empresas maiores acabam criando convênios com instituições privadas de saúde para seus funcionários. O convenio criado pelas empresas a seus funcionários não pode, contudo ser motivo pra o Governo Brasileiro abandonar a Saúde.

Diante deste quadro é de se esperar que alem de médicos se crie no Brasil uma estrutura de hospitais e equipamentos capaz de atender decentemente a população atual do pais, o que não é feito hoje,

quinta-feira, 18 de julho de 2013

V DE VINGANÇA


 (máscara com o rosto estilizado de guy falks)
O congresso antes deste recesso de julho criou uma pauta de trabalho devido as manifestações que tiveram inicio no pais a partir de junho voltando atrás inclusive na questão dos suplentes

De fato a pressão nas ruas é grande e, houve e há sinais de que no meio das manifestações pacificas por reformas na saúde educação ou outros temas, esteja também o desejo de uma mudança completa na estrutura de poder que temos  e nos governantes atuais.

Em meio as manifestações pacificas é possível ver algumas pessoas com uma mascara branca com um bigode e um cavanhaque pintados na mascara de modo estilizado.

Trata-se da mascara do gibi V de vingança criada pelo ilustrador  David Loyd. Esta mascara é baseada no  conspirador inglês  Guy falks, que em 1605, quis explodir o prédio do parlamento inglês.

Assim, como em todo movimento de massa há um objetivo de mudança, e por este símbolo que aparece, podemos deduzir que se o grito das ruas não for atendido a tendência pode ser querer a mudança completa do poder.

Para quem pensa que a população brasileira não chega a extremos é só verificarmos, as rebeliões nativistas na época do Brasil colônia, a farroupilha no sul do pais, que por uma década a partir de 1835, criou a republica rio-grandense e as revoluções paulistas de 1924 e 1932.

Em 1964 não foi diferente, e depois de greves, passeatas e protestos, advém um golpe de Estado.

O poder não é imune a mudanças, e o fato de termos saído de uma ditadura político militar em 1985, não significa que teremos uma democracia ainda que não se governe direito e ainda que existam governantes irresponsáveis.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O PAVOR QUE OS GOVERNANTES TÊM DAS RUAS: UM QUADRO KAFIKIANO?


 
 
Neste dia 3 de julho, aniversario de nascimento de Franz Kafka, vemos o Brasil mergulhado em uma maré, por assim  dizer, de protestos. Onde a população reivindica que as instituições funcionem e pede o fim dos privilégios que existem em muitos setores do serviço público.

Com relação ao fim dos privilégios em que muitos funcionários e pessoas que ocupam cargos publicos tem, é inevitável que lembremos do Romance  “Colonia Penal” de Franz Kafka.

Neste romance uma estranha maquina de execução da pena de morte está para ser desativada, uma maquina que escreve no corpo do sentenciado a sua culpa e que o atravessa com agulhas, escrevendo a frase, até que ele  morra.

Para a desativação um inspetor é enviado para ver a maquina e o funcionário que trabalha com a maquina tem que mostrar o funcionamento dela para o inspetor.

Quando o funcionário percebe que não tem como não desativar a maquina e que ele vai perder o privilegio de operá-la, se desespera, fica ansioso e por fim ele se suicida se jogando dentro da maquina.

Assim agem alguns governantes agora, com medo, se explicam, falam, agem, com pavor e medo, com ânsia, numa tentativa desesperada de evitar que a voz do povo se consolide que as reivindicações sejam atendidas, que seus privilégios acabem.

Claro que não chegarão a se suicidar, mas a ânsia o pavor com que escutam e vêm as passeatas é a mesma do oficial que operava a maquina no romance e ouvia inspetor que ia mandar desativar a maquina.

A Colônia Penal é um livro indispensável...
 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

MORTE DE INDIOS NO BRASIL: A VIDA IMITA A ARTE


 ( Grande Otelo no papel de Macunaíma no filme Macunaíma, de 1969, gênero comédia, escrito e dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, baseado na obra homônima de Mário de Andrade).


No Brasil em 10 anos 563 índios foram assassinados e 470 índios se suicidaram, segundo o Jornal Diário de Pernambuco. Sem duvidas o resultado de toda uma política equivocada com relação aos índios no pais.

Atualmente sob o nome de uma política de “defesa” dos povos indígenas e suas culturas, tem-se usado os índios no pais como massa de manobra para encobrir interesses industriais da indústria que usa matérias primas de florestas tropicais e equatoriais, como a indústria de cosméticos, ou mesmo a indústria da mineração.

Com a desculpa de que determinada terra é terra indígena, se coloca tribos em terras ricas de minérios ou produtos para indústria de cosméticos. Com isto se impede a exploração das terras por brasileiros, terras estas que ficam a mercê da indústria estrangeira.

A parte que menos interessa nesta questão é o indio, sua segurança, ou seu bem estar. Com a entrega da posse das terras ao índio, o conflito era e é inevitável e com o conflito as mortes citadas na reportagem.

Com o tempo o índio fica abandonado como se viu na reserva indígena Raposa Terra do Sol no Pará e do abandono cai na miséria, restando para ele muitas vezes o suicídio. Um triste fim onde mais uma vez a vida imita a arte, pois na obra Macunaíma de Mario de Andrade ele descrevia a morte do Herói do livro, se que vendo à margem da sociedade, depois de vir para a cidade grande, subiu ao céu numa corda de cipó.

terça-feira, 25 de junho de 2013

DILMA PROPOE REFORMA POLITICA EM DISCURSO


Com as manifestações de rua que se espalham pelo Brasil a presidente Dilma Rousseff , fez ontem mais um pronunciamento.  A OAB e o Movimento Contra a Corrupção apresentou projeto para mudar o sistema político.

Com relação ao Discurso da presidente, ela frisou uma plebiscito para se fazer a reforma política, falou em aumentar o combate a corrupção e a melhorar a saúde.

Mais uma vez, como disse anteriormente aqui neste espaço, um discurso vazio e que peca gravemente em alguns pontos. Primeiramente devemos perguntar para que plebiscito e constituinte para alterar a reforma política, se o Congresso Nacional já tem por sua estrutura jurídica o poder constituinte derivado, indireto.

Tanto que é assim que o congresso pode aprovar emendas à Constituição! Se juridicamente já temos estas ferramentas para que esta inútil proposta? Para jogar a responsabilidade da situação que é grave encima do povo e do congresso?

Encobrir o erro do governo, de fato se tem cometido erro encima de erro, tanto no campo da corrupção, onde bastaria aplicar os Códigos Penal e Processo Penal e as leis penais que já existem e servem para por na cadeia quem é corrupto, quando se realmente se tiver a vontade de trabalhar e processar o criminoso.

Contratar médicos estrangeiros e ainda sem exame de reconvalidação? Para que? Estamos em um pais com cidades onde um hospital tem que disputar o uso da maca com ambulâncias UTI, isto mesmo, tem cidades no Brasil onde o hospital não tendo leito, usa a maca da ambulância quando o doente chega carregado em uma.

Por causa deste uso a ambulância tem que ficar esperando desocupar a maca para sair de novo.

Precisamos de lei, ou de um governo que trabalhe seriamente. A Senhora presidente disse da mudança de leis para mudar o que está errado, mas seu governo dará isenção de imposto para importar feijão.

Não seria mais salutar, no caso do abastecimento da população e da produção de feijão, em vez de mudar leis, criar um incentivo a produção agrícola aqui, onde podemos ter três ou quatro colheitas por ano, dependendo do produto plantado, considerando a fertilidade do solo e o clima aliado ao tamanho do país?

Quando se prega a mudança de lei, como já disse antes, é para empurrar a solução para um próximo governante. Em vez de mudar a lei, basta trabalhar e ser sério, basta trabalhar e lembrar que ser governo não é apenas discursar e tirar fotos.
(Texto irradiado pela Rádio Vida Nova, em 25/06/2013, em  Rotativa Sonora)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

SOBRE O PACTO SOCIAL


 (foto: O Globo)

Nesta manhã houve mais protestos no Estado de São Paulo e mais uma vez a presidente da republica fez mais um pronunciamento sobre a questão. O governador do Estado de São Paulo informou não haverá aumento de pedágios.

Há previsão de mais manifestações pelo país. Oras, é mais que evidente a necessidade de se reestruturar as instituições no Brasil. Um país se forma com um grande pacto entre os cidadãos, onde o povo abdica de parte de sua liberdade, em prol da construção do bem, comum.

Quando este bem comum deixa de ser o objetivo do governo, a população retoma sua liberdade para refazer este pacto. Este pacto é o que chamamos contrato social.

Por muito tempo em nosso país, se governa, muitas vezes como se o povo fosse apenas um detalhe, como se não merecesse importância, como se a classe dirigente do país não precisasse dar explicações ao povo.

Acreditou-se por muito tempo que o povo brasileiro era pacifico demais e que suportaria tudo. As passeatas destes últimos dias têm demonstrado o contrario, tem demonstrado que como qualquer outro povo, deve se respeitar a população se se deseja uma nação forte.  

sábado, 22 de junho de 2013

ARTE X MOVIMENTOS SOCIAIS X POLÍTICA

O RECADO.....
 
 
Um pouco de musica para tempos como estes, a arte expressa mais facilmente o sentimento de uma época, de um momento
 
 
A sensibilidade do artista manda a mensagem!!!
 
 
 
DEPOIS DA MUSICA UM POUCO DE POESIA:
 
( A PLENOS PULMÕES )
Wladimir Maiakoviski
(Tradução: Haroldo de Campos)
  
Ao
    Comitê Central
                           do futuro
                                          ofuscante,
sobre a malta
                     dos vates
                                    velhacos e falsários
apresento
               em lugar
                             do registro partidário
todos         
         os cem tomos
                              dos meus livros militantes.
                    
 
 
 

FOTOS DO PROTESTO QUE SE ESPALHOU PELO BRASIL

No link abaixo vemos as fotos do protesto pelo pais, no site do jornal italiano Corriere della Sera (link abaixo). um protesto que indica que podemos estar diante do fim do Contrato Social no país. O Contrato Social é o principio pelo qual a população de uma sociedade abdica de sua liberdade em prol do bem comum.

Com a inercia das autoridades brasileiras em lembrar que governam o pais, fazendo com que o Estado brasileiro, não ofereça o essencial para uma vida digna,  era natural que chegássemos ao problema que estamos vendo e as manifestações de rua.

Como disse na Radio Vida Nova 1210 kHz, esta semana, é um movimento com algumas características novas, já que a mobilização da massa e feita pela internet e também pela ausência de uma liderança única, ou liderança partidária, ou de uma ideologia politico partidária.

Também não se trata de uma luta das massas pela tomada do poder ou derrubada do poder constituído, o que também é algo peculiar neste movimento que o diferencia da primavera Arabe por exemplo. link de fotos fotos do jornal Corriere della Sera

sexta-feira, 21 de junho de 2013

A VIOLÊNCIA E O DISCURSO PRESIDENCIAL

A presidente Dilma Rousseff fez, hoje, dia 21/06, um pronunciamento ao pais, dizendo estar ouvindo a voz das ruas, dizendo estar de acordo com as questões levantadas.
Disse ter enviado projetos que visam superar as reivindicações populares e assim por diante. Neste ponto temos que nos ater a analise do que foi dito e em que contexto ela se expressou.
Primeiramente como presidente da nação, não poderia ela usar de outro tom, senão o de tentar apaziguar os ânimos e de dizer que venceremos as dificuldades.
Todos os governantes tem esta linha de discurso e, neste ponto eu gosto de lembrar a posição de Benito Mussolini, no final de seu governo. Com os Americanos prestes a desembarcarem na Itália e a fazerem um acordo com o Rei Italiano, como fez em 9 de setembro de 1943, que destituiu em seguida Mussolini e o fascismo do poder, ele Mussolini, dizia ao povo: Vencer, Vencer, Venceremos!
Assim no caso da Dilma Rousseff ela, presidente do Brasil, com a população na praça, não discursaria de outra maneira. No improviso do discurso, alias ela tentou colocar uma questão polemica que é a contratação de médicos estrangeiros, sem o exame de reconvalidação de diploma como solução para a saúde.
De todo o discurso, no entanto vemos um texto cheio de hipérboles, e com uma estrutura onde palavras genéricas tornam o texto vazio de diretrizes, ou seja, um discurso de palanque para candidatura.
Um ponto importante em qualquer discurso também é a questão da verdade do que é falado em um discurso. Um discurso não é por si só, verdadeiro ou falso, sua falsidade ou veracidade dependerá da sintonia do que é falado com a ação de quem fala.
Assim de nada adianta dizer que se fará isto ou aquilo se na pratica se fica inerte, neste caso a fala é falsa.
Seria importante agora, mais que discurso, uma ação efetiva no sentido de colocar o país no eixo, corrigindo os problemas que temos. Neste ponto o Brasil é um pais de imensas riquezas naturais com clima privilegiado e se tivéssemos um governo com vontade séria de governar já era meio caminho andado.