As empreiteiras estão entre as empresas que mais doaram dinheiro para a campanha das eleições municipais de 2012. Algumas doações superaram 20 milhões de reais.
Oras, é impossível deixar de pensar que o objetivo é apenas o apoio político a um candidato, quando os valores colocados chegam nesta cifra. Muitos dirão: ah isto é normal. O favorecimento feito em uma concorrência publica a quem financiou esta ou aquela campanha não é normal.
Ainda que praticado pela maioria, um ato mal em sua essência jamais torna-se bom. Tanto que estamos assistindo a todo um processo do escândalo “Mensalão”.
Pela sociedade que criamos consumista ao extremo e neoliberal, onde prevalece a economia de mercado, talvez seja necessário voltar um passo atrás e recriarmos o Colégio Eleitoral, ou um sistema similar.
Com um colégio eleitoral para o executivo, colégio que se dissolva logo depois de referida eleição. Em uma eleição por este sistema, para se eleger um presidente seria necessário eleger a maioria de correligionários, ou candidatos que votariam em referido presidente.
Assim o valor de uma campanha para o referido apoio seria maior e às vezes inviável, afastando em parte o interesse econômico que hoje se vê na política.
Este sistema, com eleições indiretas a determinados cargos não é antidemocrático ou coisa de ditadura, como pode-se pensar. Mesmo sendo usado na época da ditadura militar era um sistema funcional e que não deveria ter sido destruído como foi, e sim melhorado.
Se não for instituído um sistema como este ou outro que iniba o interesse monetário das eleições, teremos muitos outros “mensalões”.
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